domingo, 22 de setembro de 2013

O choro e o chorinho

De todas as mudanças no lar do casal após o nascimento do bebê, sem dúvida o choro é a que causa, a princípio, mais estranhamento, uma vez que basicamente funciona como uma espécie de sirene para chamar a atenção para que algo seja feito E RÁPIDO, e até os pais aprenderem a interpretar o que o(a) pobrezinho(a) quer dizer requer tempo e dedicação.

Neste primeiro mês, pelo menos de acordo com o que presenciamos, em 99% das vezes que a nossa bebê chorou era por causa da fome. Aí o pai começa a pressionar, as avós começam a ligar desesperadas, as vizinhas começam a olhar torto e todos começam a apontar o dedo para a mãe como se ela fosse uma criminosa que não está alimentando direito a coitadinha.

Antes de acusarem a mãe, que não tem nada de culpada, li em vários sites e também percebi na prática que o bebê quando mama no peito cansa rápido por causa do esforço (que para ele é novo), e dorme pesado ainda com o bico do peito na boca, sendo necessário acordá-lo várias vezes até a capitulação total. Aí os pais botam o pequenino para arrotar e o deixam dormindo, abrem um sorriso largo do tipo “estamos arrebentando” e então meia-hora depois lá está o bebê chorando mais forte do que nunca para desespero e incredulidade de todos.

O quê fazer? Bom, como fome é fome, a única solução é dar de mamar e aí, das duas uma: se o bebê não pegou tudo o que deveria direto no peito e, em curtos espaços de tempo voltou a chorar cada vez mais forte, o que nos ajudou bastante para termos certeza de que a mamada não foi suficiente foi o fato da mãe ter começado a extrair com uma bombinha o leite materno e deixá-lo na geladeira ou congelá-lo para dar na mamadeira. Desta forma, passamos a fazer a primeira mamada no peito (dela, óbvio!), colocamos para arrotar e a segunda mamada também. Após isto, se em menos de uma hora ela voltasse a chorar, damos então o “chorinho” na mamadeira com este leite materno que está armazenado e, dependendo da quantidade que ela tomar, é um bom indicativo do quanto a mamada no peito está insuficiente. O ponto de atenção é que este leite materno tem validade (converse com o pediatra), que varia do leite congelado para o que é deixado na geladeira, então é fundamental não bobear.

Além disso, há outra vantagem adicional, principalmente nas madrugadas, que é quando todos estão mais cansados: num esquema de rodízio, a mãe pode fazer uma mamada no peito e outra na mamadeira, e também o próprio pai pode deixá-la dormir mais um pouco enquanto ele consegue fazer sozinho todos os procedimentos com o bebê.

Desta forma, o espaçamento entre mamadas, em geral, passou a ser de duas a três horas, mas há exceções, até mesmo porque bebês em geral não funcionam como relógios. E, nesta virada para o segundo mês, novos choros diferentes do da fome estão aparecendo (alguns ainda indecifráveis), mas aí já será outro post, ok?

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